quinta-feira, 18 de abril de 2013


EDUCAÇÃO FINANCEIRA
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Poupar, investir, evitar empréstimos, empreender - o que os pais devem ensinar a seus filhos antes que eles cresçam...
 - Educação financeira deve começar cedo, de preferência na infância, a partir do momento em que a criança começa a ganhar sua mesada. Porém, muitos pais ficam perdidos na hora de falar sobre dinheiro com seus filhos, sem saber a hora certa de introduzir a mesada, o cartão de crédito, de falar de trabalho ou de abrir mão da “corujice” para que os jovens conquistem sua independência. Pensando nisso, a educadora financeira Silvia Alambert, diretora do programa “The Money Camp” no Brasil, elaborou 15 regras de ouro que pais e filhos devem saber sobre dinheiro.


1. Somente gaste dinheiro depois de pagar a si mesmo.

Em outras palavras, antes de gastar, poupe uma parcela do que recebeu e guarde-a no porquinho como forma de “remuneração a si mesmo”. Para as crianças, o ideal é sempre separar 10% da quantia recebida, já que a cifra redonda facilita o cálculo dos mais jovens. O percentual pode crescer à medida que a renda aumenta e, no futuro, essa poupança pode ser investida. “A melhor época para se poupar bastante é a juventude, quando não existem compromissos como filhos e longos financiamentos”, arremata Silvia Alambert.


2. O dinheiro é apenas uma ferramenta para se alcançar sonhos.

Quando as crianças começarem a pedir coisas, é hora de considerar a introdução da mesada, pois significa que elas já entenderam a função social do dinheiro. Para definir o valor ideal, uma dica é sondar com outros pais do convívio social quanto seus filhos recebem. “O valor não pode ser tão alto que sobre muito, nem tão baixo que a criança se sinta excluída de seu grupo”, diz Silvia Alambert. Seja qual for o valor, o mais importante é que ele caiba com folga no orçamento da família e acompanhe o aumento dos preços e do padrão de consumo das crianças ao longo dos anos. Para que a mesada cumpra o objetivo de ensinar as crianças a gerenciar o dinheiro, é essencial que os pais nunca faltem com o pagamento.


3. Quem administra bem 1 real saberá administrar 1.000.000 de reais.

Seja qual for o valor da mesada, ela deve durar por todo o mês ou semana, dependendo da periodicidade adotada pela família. Se o dinheiro acabar antes do tempo, os pais não devem ceder. Nada de dar ou emprestar dinheiro. “Essa não é a realidade da vida adulta. A criança precisa entender que dinheiro é um recurso finito. Se você tem, pode gastar. Se não tem, não pode”, aconselha a educadora. Mais do que isso, as crianças não devem se acostumar a recorrer a empréstimos, para não levarem esse mau hábito para a vida adulta. “Recorrer aos bancos é apenas para quem já entende bem como as coisas funcionam, e deve ser encarado como exceção”, ressalva.


4. Seu conhecimento é o que o levará a gerar riqueza. Compartilhar as tarefas de casa faz parte do bom convívio familiar.

Ganhar mesada não deve implicar ajudar em casa e vice-versa. Segundo Silvia, a mesada é uma ferramenta educacional, e não um salário. Por outro lado, ajudar nas tarefas de casa deve ser obrigação de todos os membros da família, sem necessidade de remuneração. “É um grande erro associar as tarefas domésticas à mesada. Os filhos podem começar a cobrar para fazer as coisas, ou então deixar de cumprir suas obrigações quando não estiverem precisando de dinheiro”, explica a educadora. Os filhos devem entender que não é trabalhar em troca de uma recompensa que faz alguém enriquecer, mas sim a forma como a pessoa aplica seu conhecimento sobre finanças e trabalho no seu dia a dia.


5. Se precisar de orientação sobre o bom uso do dinheiro, estou aqui.

Os pais não devem impor o que os filhos devem fazer com o dinheiro. Uma boa maneira de ensinar sobre o que é importante e o que é supérfluo é fazer com que os filhos paguem da própria mesada seus gastos extras, como a pizza do meio da semana ou a ida a uma lanchonete na última sexta-feira do mês. A ideia não é classificar certas despesas como “inúteis”, mas sim incentivar as crianças a pensarem bem antes de gastar o dinheiro com itens que não sejam essenciais.


6. Estude para se tornar um bom empregador.

Aos 13 anos de idade, é bom que as crianças já comecem a pensar em maneiras de ganhar dinheiro quando tiverem 16, idade mínima para se começar a trabalhar no Brasil. Isso não significa que elas terão, necessariamente, que arrumar um emprego formal, mas devem, pelo menos, buscar fontes de renda alternativas à mesada. E aí, vale usar a criatividade: criar brechós para vender roupas, livros e outros itens que não sejam mais usados, alugar os próprios games pela internet, fazer bijuteria para vender, e assim por diante. Para Silvia Alambert, os pais devem ensinar a ideia de que o dinheiro vem do trabalho e do empreendedorismo. “No mercado, hoje em dia, há muita pressão. Não se deve mais pensar em ser empregado, mas em se tornar um bom empregador quando adulto”, afirma.


7. Aproveite para quebrar enquanto você ainda é jovem.

Muita gente quebra quando consegue o primeiro emprego e começa a usar recursos como cheque, cartão de crédito e outras formas de endividamento. Mas se a pessoa tiver que quebrar para aprender, o melhor é que isso aconteça ainda na infância ou na adolescência. “Os pais devem deixar o filho quebrar e resistir a suas queixas quando ele estiver em casa no fim de semana porque gastou demais. Essa dor será inesquecível, e quando chegar o primeiro cartão de crédito, ele vai lembrar”, diz Silvia.


8. Não mate a sua “galinha dos ovos de ouro”.

Não se deve gastar mais do que a metade do que foi poupado. A outra metade deve continuar no porquinho. Os pais devem ensinar que é essencial sempre deixar um dinheiro de reserva para emergências e para evitar endividamento em horas de dificuldade.


9. O melhor investimento é também o de maior risco.

A partir dos dez anos de idade, as crianças já tem capacidade de entender como funciona uma empresa, quais são suas estratégias para crescer, o que são ações, quem são os gestores e os clientes. É claro que tudo vai depender da maneira como o assunto for abordado, mas essa é a fase ideal para ensinar aos filhos sobre o funcionamento, os riscos e os benefícios do mercado de ações. Uma boa ideia é usar exemplos reais e em pequena escala: levar os pequenos para visitar uma loja do comércio local e ouvir a história de empreendedorismo do comerciante é uma alternativa.


10. Usar cartão de crédito é o mesmo que usar dinheiro que não é seu. Se o pagamento atrasar, será preciso dar ainda mais dinheiro a quem lhe emprestou.

Em tempos de comércio virtual, o cartão de crédito se tornou um item quase essencial. O problema é que muitos pais concedem essa facilidade aos filhos sem que eles tenham idade ou informação suficiente para usá-lo com responsabilidade. Para Silvia Alambert, a melhor idade para se introduzir o cartão de crédito é aos 14 anos. Antes disso, a mesada deve ser concedida sempre em espécie, para que a criança aprenda a manusear o dinheiro. “O grande problema das pessoas com o cartão de crédito é o fato de elas não verem o dinheiro, o que torna mais fácil passar dos limites”, explica a educadora.
O mais importante, porém, é explicar que o cartão de crédito é uma forma de empréstimo, e que atrasar o pagamento implica pagar juros. Se mesmo assim o adolescente extrapolar os limites, deve haver uma punição. Por exemplo, se o saldo for excedido uma vez, o jovem perde o cartão por uma semana. Se o excesso acontecer de novo, perde o cartão até que a dívida seja totalmente quitada. E assim por diante.


11. “Investir” em coisas que perdem o valor não é inteligente. Inteligente é investir em coisas que fazem mais dinheiro por você.

Investimentos são mais inteligentes que longos financiamentos para comprar bens que perdem valor ao longo do tempo. Em vez de parcelar em dezenas de vezes um celular de última geração, ou mesmo um carro, o melhor é poupar, aplicar o dinheiro e fazer a compra à vista ou em um menor número de parcelas, pagando menos juros.


12. Fazer o bem faz bem.

Os pais devem ensinar aos filhos a se sentirem bem ao doar para os mais necessitados, desde que também se planejem para isso. Quem se sente bem doando dinheiro pode separar uma parcela de seus rendimentos – digamos, 5% - especialmente para essa finalidade. Quem prefere doar seu tempo e sua atenção pode também reservar seu horário semanal ou mensal para um trabalho voluntário, por exemplo. Para Silvia Alambert, a doação deve estar incorporada à rotina de quem tem uma vida confortável. “Se eu tenho dinheiro, por que não fazer bem ao próximo? Educação financeira não é só para o nosso próprio bem, mas para o bem de todos à nossa volta”, acredita.


13. Não há mágica. A vida financeira futura é feita das escolhas no presente.

Para realizar nossos sonhos no futuro, precisamos fazer sacrifícios no presente. E alguns sonhos devem ser encarados como objetivos coletivos, pelos quais a família inteira deve batalhar unida. Mandar os filhos para a faculdade, comprar uma casa própria ou até mesmo um carro para a família são sonhos de maior porte e que precisam de mais planejamento. Por eles, toda a família deve estar disposta a se sacrificar e cortar despesas.


14. Riqueza não é uma questão de status e vai além das coisas materiais que podemos conquistar.

Os conceitos de pobreza e riqueza variam de acordo com o ponto de vista e a capacidade de cada um de realizar seus sonhos. Essas definições devem ser trabalhadas de maneira a não tornar as crianças “escravas” de bens materiais, evitando que elas associem o sucesso a ter dinheiro.


15. Em algum momento seu filho deverá ser avisado que o “Banco do Papai e da Mamãe” encerrou as atividades.
Muitos pais reclamam que seus filhos estão adultos e nem pensam em sair de casa, mas incentivá-los nesse sentido também é sua responsabilidade. Um jovem de vinte e poucos anos que ganha seu salário, mas não ajuda nas despesas da casa dificilmente vai querer morar sozinho. E se os pais não disserem nada, ele certamente não irá entender que já é hora de sair. “Os pais devem despertar na criança o desejo de criar asas para voar quando estiverem adultas. Assim que o jovem começa a ganhar um salário, mesmo que em um estágio, ele já pode começar a ajudar em casa. Só assim ele terá, no futuro, desejo de buscar sua independência”, finaliza Silvia Alambert. 

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